terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A origem do mal.

Vamos tentar ir à origem do mal praticado por uma pessoa.  Imaginemos um feto em processo de gestação. Por definição, consideramos os recém-nascidos inocentes. Se todos nós nascemos inocentes, por que alguns se tomam criminosos?

Poderíamos pensar que se trata de má índole, mas se assim for, o inocente já teria nascido marcado para ser criminoso e, na verdade, não teria responsabilidade sobre isso, pois não teve oportunidade de escolha.

Caso não se aceite esse determinismo genético, teríamos de atribuir à educação que o inocente recebeu, ou ao meio em que vive, a responsabilidade pelo fato de ter-se tomado um criminoso. Novamente é injusto responsabilizar alguém pela educação recebida ou pelo meio onde está inserido. A possibilidade de coexistirem os dois fatores não dá veracidade a cada um, e muito menos ao conjunto.

Existe uma terceira hipótese, a de o inocente ter vindo para este mundo marcado para ser o que na realidade se tomou, ou seja, um criminoso, e que este determinismo foi estabelecido por ele próprio enquanto "consciência" que adotou um corpo humano. Essa hipótese contraria o fato de que somente os impulsos energéticos harmônicos são aproveitados e registrados na “consciência individualizada”.

Finalmente, podemos imaginar que a pessoa, dentro do seu livre-arbítrio, tenha decidido se tomar um criminoso. A maldade seria uma escolha pessoal, mediante a qual alguém, ainda que geneticamente bem formado, e tendo tido uma educação irrepreensível, se toma, por sua própria vontade, um criminoso. Corroborando esta hipótese, há inúmeros casos de criminosos cujos irmãos são pessoas de bem. Ou seja, tomar-se um criminoso ficaria dentro do livre-arbítrio de cada um. Caímos, assim, no ponto crucial da questão. Será que o mal pode ser uma escolha livremente assumida por uma pessoa?

Veja bem que somente nesta hipótese é que poderíamos considerar alguém culpado por agir mal. Caso as outras hipóteses tenham influído decisivamente, não existirá culpa deste alguém. Certamente seria bem mais simples, e mais cômodo, atribuir ao livre-arbítrio a responsabilidade, mas isso não existe e é fácil provar, assim como é fácil identificar a causa da criminalidade.


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